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WWE sendo obrigada a voltar a fazer seus shows ao vivo para não violar contrato com a TV


A WWE iniciaria nesta sexta-feira (10) uma nova coletânea de gravações em massa. O plano inicial era ter conteúdo suficiente gravado até o Money In The Bank. Porém, uma ligação de Vince McMahon após o fim das gravações da última edição do Friday Night SmackDown e 205 Live alterou totalmente a rota das gravações.
De modo a evitar uma provável violação dos contratos de televisão, Vince McMahon ordenou que o RAW, Friday Night SmackDown e NXT voltassem ao formato de transmissão ao vivo. Os shows seguiriam sendo transmitidos do Performance Center em Orlando, Flórida. Segundo relata o portal Fightful, a WWE conseguiu expedir uma carta que considera a sua atividade como “serviço essencial” e orientou seus funcionários e lutadores a apresentarem tal documento caso fossem parados pela polícia.
A WWE conseguiu o documento encaixando-se no quesito “Jornais, televisão, rádio e outras mídias”, cujo qual está na lista dos serviços essenciais, considerados pelo estado, que podem continuar em execução durante a pandemia do novo coronavírus, o que indica que a empresa de Stamford não estaria violando as leis estaduais.
A decisão de Vince McMahon teria irritado a diversos lutadores. O jornalista Dave Meltzer do portal Wrestling Observer observa que alguns inclusive ficaram chocados com a decisão, apoiada e defendida por pessoas próximas ao alto escalão da companhia, que apoiam-se na tese que era a decisão certa a se tomar do ponto de vista econômico. Ainda há aqueles que defendem que a empresa não deveria estar realizando esses shows.
Ao que tudo indica, a WWE não poderia sobrepassar uma pequena quantidade de shows gravados por ano. Segundo Dave Meltzer, os contratos atrelados a NBC Universal e FOX possuem uma cláusula que estabelecem que apenas uma pequena quantidade de shows pode ser gravada por ano. No caso do RAW, o número de programas que podem ser gravados em um ano estariam limitados a três, sendo eles gravados geralmente quando a empresa sai em turnê pela Europa ou faz uma pequena pausa como na semana de Natal.
Ainda, de acordo com Meltzer, mesmo que nada seja dito publicamente, existe um temor interno que a violação desses contratos possam dar o direito legal as redes de televisão de buscar um modo de reestruturar os acordos ou até mesmo reter os pagamentos, que estariam dando sobrevida a WWE e AEW nesse momento. Porém, não será por muito tempo visto que as emissoras estão gerando cada vez menos receita com os anúncios.
Única empresa de esportes e entretenimento que está a realizar shows nos Estados Unidos, a WWE não correria perigo com os contratos de TV. Primeiro, como o próprio Meltzer observa, é a única atração esportiva que a FOX está disponibilizando nesse momento e por último, sua presença na programação da USA Network significa um incremento na audiência geral do canal. Apesar de se garantir, é dito que em algum momento as emissoras podem ser forçadas a fazer cortes no orçamento caso as receitas vindas de anúncios resistam em diminuir.
Ainda não se sabe o que levou Vince McMahon a ordenar a volta das transmissões em tempo real. Fala-se que foi um modo encontrado por Vince de garantir que esses contratos não fossem quebrados mas uma hipótese que ganhou força nas últimas horas é que o chefão da WWE teria sido pressionado pelos canais devido a queda na audiência. Um suposto pedido para que o SmackDown fosse gravado “o mais próximo de ao vivo” que teria partido de Vince é o que causa mais estranheza nesse momento. Mais informações em breve.